segunda-feira, 18 de julho de 2011

Crises de meia idade

Diz-se que os homens, mais do que as mulheres, sofrem muito desta maleita. É um momento em que se pretende que o tempo não passe, que fique ali parado ou que volte para trás. Não sei se Teun Hocks pensa em crises de meia-idade mas, depois de umas brincadeiras com comboios na década de 90, os seus homens parecem cada vez mais inexoravelmente perdidos na tela, envelhecidos e dependentes de algo que os ultrapassa, numa perplexa busca por algo que não se sabe bem o que é.  Magritte pode ter passado por aqui e deixado a sua marca, mas o holandês Teun Hocks tem muito de seu nestas telas - o corpo é o seu e o humor também. E, já agora, gosto muito, muito delas.
Pode ser vista uma selecção dos seus trabalhos aqui.
E uma selecção pessoal dos meus favoritos aqui:
Untitled (playing w/ train), 1996
Untitled (man on ice), 2003
Untitled (man with hats), 2006
Untitled (drummer), 2006

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