Um futuro high-tech e multifuncional? Parece que sim. Contemplando estes projectos de estádios, vale a pena ter presente que o Qatar é um país pequenino na península Arábica. Aquela península com um deserto enorme.
Na simulação do projectado estádio em Al-Wakrah observa-se o espantoso paradoxo do enquadramento desértico (com as palmeiras distribuídas como se fossem plátanos numa avenida europeia), por onde passeia uma inesperada multitude, dividindo-se entre o centro comercial multifunções e o centro aquático. No centro do deserto. Convém não esquecer esta parte e pensar um pouco o que será do Qatar quando as reservas petrolíferas se esgotarem ou quando as energias, presentemente alternativas, se tornarem a principal fonte. Será que vão voltar ao tempo em que os seus pescadores de pérolas eram famosos, mas muito pobres?
O Mundial de futebol de 2022 será no Qatar. Se até lá continuarem a poder contar com o petróleo e o gás natural e se o vento, o sol, a água, as ondas do mar, o açúcar, o óleo de cozinha ou outras experiências energéticas não se mostrarem verdadeiramente eficazes.
Mas as imagens dos estádios são interessantes e polarizadoras. Há estádios e estéticas para todos os gostos. A tenda do 2º, para já, torna-o o meu favorito.
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